Em entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta (16), Ribeiro disse que assumiu a Prefeitura com uma dívida de R$ 1,9 milhões em folha de pagamento e outros R$ 9 milhões de dívidas diversas.
Entre as inadimplências do município estão R$ 1,3 milhão em folha de pagamento de servidores comissionados e contratados (fora os servidores efetivos, cujo mantante de R$ 550 mil foi parcelado em quatro vezes e já começou a ser pago), R$ 3 milhões de dívidas com INSS outros R$ 3 milhões em dívidas com FGTS, entre outras pendências.
“Assumimos a gestão com a prioridade de sanar essas dívidas que são de gestões anteriores. Pretendíamos fazer isso no primeiro ano de Governo, mas já vimos que não será possível. Ainda assim, esperar quitar esses montantes o mais breve possível, já que enquanto o município estiver inadimplente não será possível conseguir qualquer tipo de recurso estadual ou federal”, explicou o prefeito.
Afastamento
No pedido de afastamento da Câmara, os vereadores questionaram supostas irregularidades relacionadas à prestação de contas do município. O prefeito, por sua vez, alegou que embora ainda esteja dentro do prazo regimental para responder aos questionamentos do Legislativo, os vereadores instauraram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que culminou em seu afastamento.
“Isso foi uma medida precipitada, já que eles solicitaram explicações referentes a 14 itens, que chegou a minhas mãos no último dia 8. Tenho um prazo regimental de dez dias para responder e mesmo assim eles já pediram o afastamento”, alegou o petista.
O prefeito ainda afirmou que a instabilidade política do município neste momento foi causada pela própria Câmara de Vereadores. “Nós poderíamos ter sentado e conversado, jogado as cartas na mesa, mas eles preferiram apelar para a Justiça”, declarou.
Ribeiro sugeriu que possa existir uma “perseguição” dos vereadores, já que a CPI foi instaurada sem que ele tivesse ao menos o direito de defesa. “Por não terem sequer me dado direito ao contraditório foi muito fácil reverter esse afastamento”, justificou o prefeito.
Durante a entrevista coletiva, o prefeito condenou suposta ausência do vice Valdir Castro Filho (PDT) e alegou que Filho está distante da gestão municipal.
‘Mea culpa’
Ribeiro alegou ainda, não existir qualquer improbidade administrativa em sua gestão e disse apenas que houve uma falha de informação por parte da Prefeitura à Câmara Municipal.
“Temos nossa parcela de culpa. Mas colocar em evidência negativa o município de Santo Antonio por falta de informação eu acho que realmente a Câmara exagerou e muito”, questionou o petista.
O prefeito ainda finalizou afirmando que todo o imbróglio foi causado “apenas por questões de contabilidade, sem haver qualquer improbidade em sua administração”.