Cidades

Pezão deve ter alta na quarta para continuar tratamento em casa

Governador do Rio, Fernando Pezão, foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin (Foto: Reprodução/GloboNews)

Os médicos do governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmaram ao RJTV desta segunda-feira (28) que o governador está bem disposto e respondeu bem ao primeiro ciclo de quimioterapia para tratar um linfoma não-Hodgkin anaplásico de células T-Alk positivo. Ainda assim, ele só deve ter alta para continuar o tratamento de casa na quarta-feira (30), e não na terça (29), como previa.

O tratamento do governador do RJ durará de seis a oito ciclos de tratamento que duram 21 dias cada um, sendo três deles de quimioterapia e 18 dias de descanso. De licença por 30 dias, Pezão será substituído pelo vice, Francisco Dornelles.

"O governador está bem. Está bem disposto, animado, dormiu bem, o apetite está bom. Está querendo trabalhar, mas estamos segurando ele porque hoje [segunda-feira] oficialmente entrou de licença e a recomendação médica é para que tenha repouso físico e mental", afirmou o cardiologista Claudio Domênico.

No final de semana, Pezão se pronunciou em uma rede social. “Estou bem. Agradeço, mais uma vez, as manifestações de carinho que tenho recebido e desejo a todos feliz Páscoa”, informou Pezão.

Na quinta (24), o governador convocou uma coletiva de imprensa para informar que havia sido diagnosticado com linfoma não-Hodgkin. O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer no sistema linfático que afeta o sistema de defesa do organismo.

O intervalo entre os ciclos de tratamento é de 21 dias, pois o organismo sofre os efeitos da quimioterapia. "Isso não quer dizer que ele precise ficar isolado. Porém, temos que reconhecer que é uma situação diferente, de acordo com as necessidades do cargo. Estamos conversando sobre isso", disse o oncologista Daniel Tabak, ressaltando que o tratamento, ao todo, deve durar entre seis e oito meses.

Durante a coletiva, Pezão garantiu que vai enfrentar a doença com determinação e firmeza. "Tem coisas piores na vida. Tem coisas que Deus dá para a gente porque sabe que somos capazes de carregar. Eu sei que vou passar por isso daí e vou acabar mais forte", afirmou.

Câncer do governador tem cura
Ainda segundo a equipe médica, o comprometimento ósseo é comum e, no caso do governador, duas vértebras foram atingidas.
"Mas o dado mais importante é que não existe nenhum comprometimento volumoso de linfonodomegalias. Não atingiu nenhum órgão crítico. Por isso, temos uma perspectiva boa. Mais de 70% dos pacientes ficam curados com este tipo de tratamento", disse Tabak.

O tipo de linfoma diagnosticado nos exames é o anaplásico de grandes células T-ALK positivo que, segundo os médicos, é um dos mais agressivos, mas totalmente curável. O tratamento se estenderá por ciclos, sendo três dias de quimioterapia e 18 dias sem a medicação. Esses ciclos devem ser realizados de seis a oito vezes. Avaliações serão feitas ao longo do tratamento. E o governador não vai passar por nenhuma intervenção cirúrgica, a não ser a colocação de um cateter para receber a medicação.

"O câncer acontece em pessoas que não têm esse grau de impacto. Por isso, não podemos atribuir à atividade do governador. A recomendação médica é que ele seja preservado para conduzir de forma adequada o tratamento. Para que a periodicidade dos ciclos seja garantida", destacou o médico, ressaltando que o linfoma do governador Pezão não é o mesmo da presidente Dilma Rousseff, que teve um linfoma das células B.

Doença que atinge Pezão representa 1% de todos os linfomas
Estima-se que os linfomas representem a nona ou a décima causa mais comum de câncer no Brasil, variando de acordo com a região do país. São classificados mais de 60 tipos de linfoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o Brasil deve registrar 10.240 casos de linfoma não-Hodgkin em 2016, com incidência maior em homens do que em mulheres.

Na maioria das vezes, os linfomas não têm causa específica que contribua para o seu surgimento, como é o caso, por exemplo, do câncer de pulmão, que tem no fumo um agente catalisador. O tratamento de Luiz Fernando Pezão se estenderá por ciclos, sendo três dias de quimioterapia e 18 dias sem a medicação. Esses ciclos devem ser realizados de seis a oito vezes. Avaliações serão feitas ao longo do tratamento. Ele vai se licenciar do cargo por 30 dias.

Para identificar o tipo de linfoma de Pezão, os médicos fizeram uma biópsia, analisando uma parte do tumor retirada em cirurgia. Esta amostra foi analisada em laboratório. O governador também passou por um pet scan, que é um exame de imagem que ajuda a identificar a atividade metabólica de possíveis tumores.

Os linfomas são divididos em dois grandes subtipos: os Hodgkin e os não-Hodgkin, porque possuem células com características diferentes. Os não-Hodgkin são mais comuns, acometendo cerca de 80% dos pacientes. Os Hogdkin atingem apenas 20% do total de pessoas que têm linfoma e costuma ser mais frequente nos dois extremos da vida, principalmente pacientes jovens e os mais velhos.

Correligionários desejam melhoras  
Não faltam mensagens de apoio a Pezão, nesta quinta-feira. Nas redes sociais, companheiros de partido do governador desejaram melhoras e disseram estar confiantes na recuperação de Pezão.

"Estou confiante na pronta recuperação do companheiro e amigo, governador do nosso estado, Luiz Fernando Pezão. Eu já tive câncer e, com fé em Deus, seguindo as orientações médicas, me curei. Pezão vai se curar rapidamente", dizia a publicação no perfil de Jorge Picciani, presidente da Assembleia Lesgislativa do Rio.

O prefeito Eduardo Paes disse que "Pezão está acostumado a vencer desafios" e desejou força ao governador. "Mais do que fazer o registro de nossa amizade nesse momento, queria aqui reconhecer e enaltecer o super ser humano que nos honra governando o Estado nesse momento tão difícil", afirmou no texto.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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