Política

Mauro sobe tom ao rebater críticas de Emanuel sobre troca do VLT por BRT; ‘o que fez quando roubou?’

Mauro Mendes (DEM) rebateu na quarta-feira (13) a crítica feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de que o governador teria traído a população de Mato Grosso com a troca do veículo leve sobre trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT). O chefe do Executivo estadual questionou o que o gestor municipal fez "quando roubou dinheiro público", citando período em que o emedebista foi presidente da comissão do modal na Assembleia Legislativa. 

"O prefeito Emanuel Pinheiro era presidente da comissão que acompanhava as obras da Copa. O que ele fez quando fraudou, quando roubou dinheiro público quando era presidente? O que ele fez quando falsificaram um laudo para mudar de BRT para VLT?", questionou Mendes.

Segundo Mendes, Emanuel não representa a opinião da maioria da população mato-grossense no que diz respeito à troca de modal. "Ele não fala em nome do povo de Mato Grosso. Ele é prefeito de Cuiabá. Nós respeitamos isso. A opinião dele não é opinião da maioria do povo de Mato Grosso".

Inimigos políticos, os gestores têm trocado acusações e elevado a discussão em torno da troca do modal para a esfera judicial. O novo conflito entre as lideranças teve início quando Mendes anunciou, no fim de dezembro de 2020, que colocaria fim ao VLT em virtude da adesão ao BRT. Desde então, Pinheiro tem criticado o gestor pela mudança, uma vez que a troca teria sido determinada sem consulta aos municípios envolvidos e a população.

Novo episódio da disputa foi acrescentado na última semana, quando Pinheiro apontou que não acataria determinação do governador para que a frota de ônibus da Capital não fosse renovada, sob justificativa de estudo do BRT em Cuiabá. Questionado sobre a postura do prefeito, Mendes disse que a decisão do gestor não "atrapalha em nada".

"Isso não atrapalha em nada e, lá na frente, se isso trouxer alguma implicação, certamente a Justiça, o Ministério Público, vai responsabilizar quem toma decisões inadequadas alertado para tal. Isso é como se fosse uma notificação recomendatória", disse o governador.

Redação

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