O Tocantins, que chegou a aderir no ano passado, foi excluído novamente neste ano, e a Bahia, que adotou o horário em 2011, também está fora da mudança.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, nos últimos anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo (horário de "pico"), que ocorre entre 18h e 21h.
Isso significa que as usinas deixaram de gerar, no horário de maior carga, cerca de 2.000 megawatts a cada ano, ou 65% da demanda média anual do Rio de Janeiro, ou 75% da de Porto Alegre.
Segundo o professor Reinaldo Castro Souza, do Departamento de Engenharia Elétrica do CTC/PUC-Rio (Centro Técnico Científico da PUC-Rio), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) estimou uma economia em torno de R$ 280 mil.
— Para este ano, minha estimativa [um pouco mais conservadora] seria de uma economia de R$ 250 mil.
O professor afirma que o sistema elétrico conseguirá, de uma maneira geral, garantir a redução de possíveis interrupções causadas pelo aumento do consumo no início da noite.
— É quando os consumidores chegariam em casa e utilizariam alguns eletrodomésticos de consumo elevado [ar condicionado, uso intenso de geladeira, microondas, ventiladores] sem contar com as lâmpadas.
Consumo
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente, Getúlio Vargas. Além de maior incidência solar, nos meses de verão no Brasil há um aumento na demanda por energia, resultante do calor e do crescimento da produção industrial devido ao Natal.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a desconcentração da demanda com o horário de verão reduz o risco de problemas nas linhas de transmissão, nas subestações e no sistema de distribuição, o que, eventualmente, poderia afetar todo o sistema de fornecimento de energia elétrica.
Dica
Mudar o chuveiro da posição inverno para a verão gera uma economia de aproximadamente 60% no consumo elétrico do aparelho, segundo o professor Reinaldo. Isso ajuda a diminuir a conta de luz.
Do R7