O ex-atacante Ronaldo, membro do conselho de administração do COL, é um dos preferidos da federação para assumir o cargo. Para a Fifa, Ronaldo surge como opção porque já conhece os trabalhos de organização do Mundial e porque tem imagem positiva no exterior.
Outro ex-jogador bem cotado é Leonardo, hoje diretor do clube Paris Saint-Germain. A decisão de trocar o comando do COL já estaria tomada. A cúpula da Fifa informou o governo brasileiro há duas semanas.
Emissários do presidente da Fifa, Joseph Blatter, demonstraram ao governo preocupação com o desgaste de Marin. Avaliaram ainda que a situação pode prejudicar a imagem do Mundial. Desde que assumiu a presidência da CBF e do COL, em março de 2012, Marin tem sido alvo de pressão.
Além do mal-estar com o ministro Aldo Rebelo (Esporte), ele sofre oposição por parte do deputado Romário (PSB-RJ), que entregou na sede da CBF, no Rio, um abaixo-assinado com milhares de assinaturas pedindo sua saída.
O documento defende que evidências ligando Marin à ditadura militar o impossibilitam de comandar o futebol brasileiro e o Mundial-14. A escolha de um ex-jogador repetiria o que ocorreu nas Copas de 1998 e 2006, com Michel Platini (França) e Franz Beckenbauer (Alemanha). Ambos presidiram os comitês organizadores locais.
Nomes de tradicionais cartolas e executivos também estão sendo avaliados, mas sem um consenso. Segundo a Folha apurou, a Fifa quer fazer a mudança até a Copa das Confederações, ou seja, dentro dos próximos dois meses. O movimento agrada o governo. A presidente Dilma Rousseff e Aldo não escondem o incômodo com a presença de Marin desde a saída de Ricardo Teixeira.
Dilma não tolera um dirigente acusado de ligações com o regime militar trabalhando ao lado do governo pela Copa de 2014. Já Aldo não engole as críticas que recebeu de Marin, vazadas recentemente pela internet. A relação entre ambos hoje é protocolar.
Tirar Marin da presidência do COL seria uma forma de isolá-lo na CBF, deixando-o distante dos eventos públicos e privados sobre o Mundial. Restaria sua função de presidente da CBF, que, embora relevante para o cenário do futebol, tem tido pouco espaço na organização da Copa.
Fonte: Folha On Lilne
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