Internacional

EUA dizem que Síria sofrerá “consequências” caso não cumpra acordo

 
O que é o acordo de Genebra?
EUA e Rússia chegaram a um acordo para acabar com o arsenal químico do regime de Bashar Assad. Pelo acordo, o governo sírio tem uma semana para entregar a lista de seu arsenal. Em novembro, as inspeções teriam início e, já na metade de 2014, todas as armas químicas da Síria estariam destruídas.
 
Falando nesta segunda-feira (16) em Paris ao lado dos chanceleres da França, Laurent Fabius, e do Reino Unido, William Hague, o americano disse que não tolerará qualquer tentativa de evasão do acordo.
 
"Nós não vamos tolerar evasão ou nada menos do que a plena conformidade do regime de Assad [com o acordo]. Se Assad não cumprir os termos deste acordo a tempo, não se enganem, estamos todos de acordo – e isso inclui a Rússia – que haverá consequências", disse Kerry.
 
França, Estados Unidos e Reino Unido pediram ao Conselho de Segurança (CS) da ONU que aprove uma "resolução forte" sobre o conflito na Síria "que preveja consequências sérias" em caso de descumprimento dos acordos de Genebra. Os três se reuniram em Paris depois do acordo obtido no sábado por Rússia e Estados Unidos sobre o desarmamento químico da Síria.
 
"O anúncio que fizemos em Genebra não tem sentido até que seja ratificado pelas Nações Unidas nos mais fortes termos possíveis, e até que seja implementado e cumprido pelo regime de Assad", disse Kerry. "Faremos todo o possível para ajudar o povo sírio a sair do caos e da violência", completou.
 
As autoridades sírias "estão pressionadas para que apliquem integralmente este acordo. O mundo deve estar disposto a tirar conclusões se não o fizerem", afirmou o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague.
 
O ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius anunciou paralelamente a organização na próxima semana em Nova York de uma "grande reunião internacional" ao redor da opositora Coalizão Nacional Síria.
 
"Devemos fazer o regime compreender que não há mais perspectiva que a mesa de negociações e que para negociar uma solução política é necessária uma oposição forte", disse.
 
"Contamos por isto reforçar nosso apoio à Coalizão Nacional Síria e com esta ideia será organizada em Nova York, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma grande reunião com o organismo opositor", completou. (Com agências internacionais)
 
UOL

Redação

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