O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, Emanuelzinho (PTB), disparou críticas contra o governador Mauro Mendes (DEM) e disse que a decisão da troca do modal de Veículo Leve sob Trilhos (VLT) para BRT (ônibus de trânsito rápido) é moral e não técnica. “Se discute moralmente a questão, apontado dedo na cara dos outros". O parlamentar ainda defende que haja uma espécie de plebiscito e que a população possa decidir o que é melhor.
"Existe a dominação de uma narrativa, como se fosse a única virtude do Estado o BRT e no VLT não existe verdade e, ao invés de se discutir tecnicamente, se discute moralmente a questão, apontado dedo na cara dos outros. Isso não pode acontecer, a população tem ter a oportunidade, ouvir isso dos agentes políticos e escolher o que é melhor para eles", criticou o petebista nesta quarta-feira (3).
Emanuelzinho também insinuou que a mudança para o BRT pode fazer parte de uma troca de favores com empresas que financiaram a campanha de Mendes.
"Existe dentro do cenário político, uma coisa chamada captura do Estado. Corporações privadas que se utilizam de financiamento de campanhas, para ter o retorno durante a atividade pública. Isso pode estar acontecendo com o BRT", revelou".
O deputado continuou em tom de crítica e questionou o por que do governador não ter falado nada enquanto foi prefeito de Cuiabá.
"O governador do Estado se esquece que era prefeito de Cuiabá, quando o VLT foi instalado e não falou um "a", ele acusa todo mundo de ser bandido, todo mundo de ter uma reputação não ilibada igual a dele, mas se esquece que foi sócio do Silval Barbosa. Então, ele participou desse sistema e quer apontar o dedo para todo mundo", discursou Emanuelzinho durante audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a troca de modal.
Pinheiro enfatizou que não tem como mais ouvir em silêncio as "cutucadas" de Mauro e disse que essa é uma briga política.
“Se o governador chamasse os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande e, não empurrasse goela a baixo, porque o que está não é uma discussão técnica, mas política. O governador não está preocupado com a população. Estou falando isso nesse tom porque por muito tempo eu respeitei o governador, mas ele não respeita ninguém, sai xingando todo mundo e quem discorda dela está de 'rame-rame'.Chega uma hora que não dá para seguir essa linha de discussão. Se ele quer subir o tom, vou subir o tom também”.
Por fim, o parlamentar atacou o grupo do democrata. "Parece que não responde nenhum processo, o presidente do partido dele não responde processo, a panelinha que tá em torno dele também não. Não houve prisão de secretário recebendo propina, braço direito do chefe. Até quando a gente vai aguentar ficar levando dedo na cara e a população sendo deixada de fora? Somente uma disputa de egos", reiterou.