Os investigados, por intermédio de outras pessoas, teriam incorrido em crimes de abuso do poder econômico e captação ilícita de sufrágio – compra de votos – camuflada na forma de contratação de fiscais de seções eleitorais.
Ainda conforme a denúncia, oferecida pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), a prática ilícita estaria evidenciada pela forma de pagamento, realizados com cheques de campanha assinados por Faiad.
O advogado do socialista, José Antônio Rosa, apresentou documentos por meio dos quais ficaria evidente que Lúdio contratou várias pessoas para trabalhar como fiscais no 1º turno das eleições, mas a exigência era apenas que votassem no petista.
Cada pessoa teria recebido um cheque oficial de campanha no valor de R$ 50, assinado pelo vice da chapa de Lúdio, sem que precisassem efetivamente prestar serviço aos candidatos. “Determino o envio imediato de cópia dos presentes autos à Polícia Federal para que sejam apuradas a autoria e a materialidade das condutas potencialmente criminosas descritas neste processo”, diz trecho da ação.
A juíza da 1ª Zona Eleitoral, Gleide Bispo Santos condenou o petista e o peemedebista a pagarem multa, cada um, no valor de R$ 10 mil, em virtude da prática de fraude caracterizadora de litigância de má-fé. Com a decisão da magistrada de pedir que a Polícia Federal investigue os ex-candidatos pode, por exemplo, inviabilizar a possível candidatura de Lúdio ao cargo de deputado estadual ou federal no pleito de 2014.
Outro lado
A reportagem do RDNews entrou em contato com o advogado José do Patrocínio – que atuou na campanha do petista e do peemedebista – e com Lúdio Cabral, mas eles não atenderam as ligações e até o fechamento desta reportagem não retornaram as chamadas. Francisco Faiad disse que apoia, ao máximo, a investigação da Polícia Federal e se defende dizendo que nunca comprou votos. “Pelo contrário, repúdio a compra de votos”, limitou-se a dizer.
Fonte: Repórter News