Jurídico

Coronel da PM nega existência de “núcleo de inteligência”

Segundo a testemunha, o Coronel Nerci Adriano Denardi, a criação do núcleo de inteligência da Polícia Militar – se existisse de fato, teria sido de forma clandestina, sem o conhecimento da cúpula da PM.  Questionado se haveria interesse pessoal de Coronel Zaqueu Barbosa, ex-chefe da Casa Militar,  em relação às pessoas interceptadas, o coronel disse que não via motivo nenhum da PM para grampear essas pessoas.

O Núcleo seria o suposto local de trabalho do cabo Gerson Corrêa, réu no processo derivado da Operação Malebolge.

A situação não foi exclarecida pelo coronel Marcus Vieira da Cunha, Comandante Geral da Polícia Minitar, que não compareceu as oitivas. Segundo o oficial, ele não teria obrigação de ser submetido ao processo de interrogatório.  A declaração que ele não se apresentaria para o depoimento consta no processo.

Governador Pedro Taques foi intimado

O governador Pedro Taques foi intimado a se apresentar na condição de testemunha de defesa, mas neste primeiro momento não compareceu. Ele tem ainda outras três datas disponíveis para ser ouvido dias 9, 12 ou 16 de março, sempre às 08:30hs, para o interrogatório.   

O delegado de Policia Civil Flávio Stringuetta também foi intimado, mas não compareceu porque estaria viajando, justificado por meio de oficio. Já o ex-secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, não se apresentou também não encaminhou justificativa.  

Outra testemunha foi o major Lucélio Ferreira que trabalhava junto com Gerson, ele disse que processos eram analisados individualmente por cada analista, e  eles eram proibidos de trocarem informações sobre o caso entre eles. Segundo o major, Gerson sempre estava à frente da equipe, talvez porque tivesse maior disposição e habilidade para as atividades.  

Ainda na tarde desta sexta-feira (2/3), outras duas testemunhas devem ser ouvidas. Genivaldo Peres da Silva, ex-militar e investigador da Polícia Civil é a próxima testemunha. Cabo Gerson é o único dos militares acusados de participação no esquema que continua preso. Ao todo, cinco policiais foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE).  

    

Redação

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