Outrora considerado um time doméstico, com dificuldade para conquistar títulos fora do Brasil, a equipe paulista está mais internacional do que nunca em seus 102 anos.
Soma 16 jogos invictos e dois títulos seguidos –14 partidas na Libertadores e duas no Mundial– em competições internacionais. São dez vitórias e seis empates. A última derrota foi para o Tolima-COL, 2 a 0 na primeira fase da Libertadores de 2011.
Esse jogo, segundo o técnico Tite, foi um divisor para seu trabalho no clube, já que o então presidente, Andres Sanchez, o manteve no cargo apesar da pressão de conselheiros para demiti-lo. Depois disso foram, em sequência, os títulos do Brasileiro, da Libertadores e do Mundial.
O astro no ataque é um "gringo", o peruano Paolo Guerrero, herói da conquista do Mundial com os gols nas vitórias sobre Al-Ahly, do Egito, e Chelsea, da Inglaterra.
O clube também repatriou um peso-pesado do futebol mundial, Alexandre Pato, pagando R$ 40 milhões ao Milan na maior transação da história corintiana.
A ascensão do Corinthians desde 2008 (especialmente a financeira) acabou nas páginas do tradicional jornal americano "The Wall Street Journal" na semana passada.
"Sabemos que todos vão querer vencer o campeão. Ser bicampeão não é fácil", afirmou Alessandro.
O lateral-direito tem razão. Nos últimos 20 anos, somente o São Paulo, em 1992 e 1993, e o argentino Boca Juniors, em 2000 e 2001, conquistaram a Libertadores seguidamente.
Ao todo, outras cinco equipes conseguiram a façanha, mas, nos anos 60 e 70 (o Santos em 62 e 63), quando havia menos times no torneio e os campeões começavam a disputar o campeonato do ano seguinte em fases mais avançadas, como a semifinal.
Tite aposta no entrosamento para a conquista do bicampeonato. Do time que entrou em campo na final de 2012 contra o Boca, no Pacaembu, oito jogadores começam também o jogo hoje em Oruro, a 230 km de La Paz.
NA TV
San José x Corinthians
22h Globo e Fox Sports
Fonte: FOLHA.COM