Ele é também o nadador mais rápido da prova desde o banimento dos trajes tecnológicos, em 2009.
"Estou sem palavras. Não achei que eu tinha ganho a prova e não fazia ideia do tempo. Olhava os dois do meu lado e sabia que eu estava bem, mas na hora em que eu bati na borda fui olhar para ver que posição tinha chegado", disse Cielo após a prova ao SporTV.
O russo Vladimir Morozov foi prata, com 21s47. George Bovell, de Trinidad e Tobago, levou o bronze: 21s51.
Cielo já havia conquistado no Mundial espanhol a medalha de ouro e o bicampeonato nos 50 m borboleta, prova que não é olímpica.
O brasileiro havia se classificado com o terceiro melhor tempo da semifinal dos 50 m livre, 21s60, empatado com Nathan Adrian (EUA).
Florent Manaudou havia sido o mais rápido, com 21s37, o terceiro melhor tempo da história sem os trajes tecnológicos, que ajudavam a flutuar e a deslizar e foram banidos no final de 2009.
O francês marcou 21s34 para conquistar o ouro nos Jogos de Londres-2012.
O brasileiro é o detentor da melhor marca de todos os tempos: 20s91, marcado ainda com os supermaiôs.
Ainda nas semifinais dos 50 m livre no Mundial de Barcelona, o norte-americano Anthony Ervin havia feito 21s42 para se classificar à final na segunda colocação.
Cielo teve uma preparação um pouco conturbada para a competição espanhola.
Após o bronze nos 50 m livre na Olimpíada de Londres, ele foi submetido a uma cirurgia nos dois joelhos.
No início deste ano, perdeu o apoio de seu clube, o Flamengo, que fez corte nos times de esportes olímpicos.
Ele também trocou de treinador. O brasileiro rompeu a parceria com Albertinho e viu acabar sua equipe de treinamento, a PRO 2016.
Também iniciou o trabalho com um novo técnico, o norte-americano Scott Goodrich, apenas um ano mais velho.
O Mundial de Barcelona foi o primeiro grande teste dessa nova fase do nadador.
Fonte: Folha de São Paulo